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quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Bem perto da onça pintada

O registro de uma pegada de onça pintada no Sesc Pantanal - Foto: Fernando Lara
A imagem que você vê acima é muito forte. Trata-se de uma marca ainda fresca de uma das patas de uma onça pintada. O barro ainda molhado mostra que a passagem é recente. A profundidade na terra ilustra o seu peso e a comparação com uma mão humana nos diz que não se trata de um felino qualquer.

Há mais de uma semana, o documentarista de natureza da Fauna e Flora Documentários, Fernando Lara, busca uma imagem da onça pintada no Sesc Pantanal. O ambiente é extremamente propício, pois trata-se de uma área preservada de mais de 100 mil hectares.
Mas este felino não é tão fácil assim de ser encontrado. Fernando Lara tem passado dias sem dormir, pois as buscas são feitas a noite e terminam quase sempre de madrugada. Por rios e matas, Fernando Lara e uma equipe de mateiros do Sesc Pantanal usam esturradores, uma espécie de cuíca que imita o som da onça pintada,  na tentativa de encontrá-la.

Durante o dia, Fernando Lara aproveita para registrar os animais com hábitos diurnos como este tatu. Foto: Fernando Lara
Por três vezes, nosso documentarista esteve bem perto. Para ele foi possível ouvir os sons, passos e em alguns momentos até a sua respiração. Mas a onça pintada não ‘deu as caras’ deixando seu cheiro pela mata. 

Hoje (10) é o último dia de Fernando Lara no Sesc Pantanal, mas a procura pela onça pintada na Rotas Verdes Brasil continua. O caminho agora é desbravar a Floresta Amazônica, uma das etapas mais importantes da expedição.

Casal de araras azuis, espécie ameaçada de extinção. Foto: Fernando Lara
Fernando Lara segue em direção a Itapuã do Oeste (RO), há cerca de 100 km da capital Porto Velho. O destino é a Floresta Nacional do Jamari que possui uma experiência importante de sustentabilidade que é a exploração de madeira por empresas por meio de um sistema de manejo. Mas sobre isso, vamos falar no próximo post. Aguardem!

Por Edlayne de Paula

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