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segunda-feira, 16 de maio de 2011

12 horas de estrada

Preparando a bagagem em Paraty antes da garoa começar
Eu particularmente fico muito tensa quando o Fernando transita de uma unidade de conservação pra outra. Nosso documentarista é um cara experiente no que diz respeito a pilotagem com cerca de 10 anos de habilitação.  É um cara ‘safo’ e tem alguns conhecimentos técnicos em mecânica, além de ter tido todas as orientações da nossa parceira Mavimoto para uma pilotagem com segurança. Mas os imprevistos de uma estrada me deixam um pouco incomodada. 

Ontem (15) foi um dia assim. Fernando Lara saiu de Paraty (RJ) por volta de 10h30 em direção a APA Canéia-Iguape-Peruíbe, a quarta unidade de preservação no caminho da Rotas Verdes Brasil. No planejamento da rota, conversamos sobre duas possibilidades. A primeira era seguir pelo litoral passando por Ubatuba, São Sebastião e Santos. A outra era ir em direção a Rodovia Regis Bittencourt e passar ao lado da capital paulista e descer em direção a Iguape onde fica a sede da unidade de preservação. Apesar de a distância ser quase a mesma nas duas opções (cerca de 490km), achamos que na segunda possibilidade poderíamos ganhar tempo por causa da rodovia de trânsito mais ágil.

Com a orientação de algumas pessoas em Paraty, Fernando desceu o litoral até Ubatuba e subiu pela SP 125 até Taubaté. Neblina e garoa 'pegaram' nosso documentarista até São Luis do Paraitinga (SP) onde ele parou por volta de 12h. Fernando estava almoçando quando me ligou. Olhei a previsão do tempo: chuva a semana inteira na região. O trabalho em Paraty já tinha terminado e não tínhamos prazo para ficar mais. O jeito era seguir.

Saindo da pousada Villa Harmonia em Paraty em direção ao litoral paulista
O mal tempo só piorou. Depois de pegar uma chuva leve até São Paulo uma tempestade começou. Fernando me ligou novamente eram 16h35. Estava preocupado e eu também. Faltavam 205 km até Iguape, menos da metade do percurso, mas a chuva não parava. Esperar até segunda-feira(16) também não era uma opção já que o trânsito costuma ficar caótico em início de semana, principalmente porque se trata da maior cidade do nosso País. 

Depois disso nenhum contato. Ligava para o celular de Fernando e ora dava fora de área e em outros momentos ligava e chamava até cair. A tensão foi só aumentando. Até que às 22h15 Fernando finalmente ligou. Um alívio. Depois de quase cinco horas de chuva torrencial e quase 12 horas de estrada Fernando Lara finalmente chega a APA Cananéia-Iguape-Peruíbe. 

Por Edlayne de Paula

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