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Registros de vida, uma das marcas fortes de Fernando Lara. Nesta foto um uruguaio na APA do Ibirapuitã, em Santana do Livramento (RS). Foto: Fernando Lara |
200 dias de estrada. Falando assim parece ser tão pouco. Mas se calcularmos, quase sete meses se passaram desde que saí do Parque Estadual do Rio Doce para percorrer essa longa expedição. São milhares de horas de trabalho e se por um acaso vierem me perguntar... a resposta é SIM, estou cansado.
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Mergulho no Rio da Prata em Bonito (MS) - Parque Nacional da Serra da Bodoquena. Foto: Fernando Lara |
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Lago Balbina na Reserva Biológica do Uatumã (AM). Milhares de hectares de Floresta Amazônica alagados por causa de uma hidrelétrica. Foto: Fernando Lara |
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Arara-azul, ameaçada de extinção na RPPN Sesc Pantanal (MT). Foto: Fernando Lara |
Passei por áreas verdes e úmidas, outras cinzas e secas. Por pessoas andando armadas pelas ruas e por motociclistas sem capacetes em veículos sem placas. Paguei R$ 5 por um prato de comida em um lugar e R$ 50 em outro. Descobri a dor de pilotar a 4 graus negativos no sul e desliguei o motor da motocicleta a sombra de uma árvore onde me escondi do sol tórrido no norte.
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Arara-canindé no Parque Nacional da Serra da Bodoquena (MS). Foto: Fernando Lara |
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Flamingos rosa na unidade de conservação mais ao sul do País: Estação Ecológica do Taim. Foto: Fernando Lara |
O Brasil é país de dimensões continentais com contrastes fortes. Nosso povo é mais amistoso do que perigoso. Nossas estradas são as veias de um sistema desorganizado e pobre, mas que revela a um expedicionário como eu, as coisas mais lindas que um homem pode conhecer.
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Fernando Lara permaneceu por 45 dias registrando a Floresta Amazônica e fez registros como este, duas araras na Reserva Biológica do Uatumã (AM). |
As pessoas estão em uma espécie de transe. É incrível ver isso assim, tão de perto. A coisa é realmente explícita. Falei com centenas de pessoas e não ouvi de quase ninguém a pretensão de trazer respostas para melhorar os grandes problemas de nosso planeta. Uma minoria quase irrelevante luta contra um grandioso exército de infratores cegos, gananciosos e desinformados.
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Um albatroz negro e os restos mortais de uma baleia encalhada na Estação Ecológica do Taim (RS). Foto: Fernando Lara |
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A camuflagem da cobra-cipó-marrom na caatinga da Estação Ecológica do Seridó (RN). Foto: Fernando Lara |
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O lobo-guará é outro animal ameaçado de extinção. Este foi registrando no Parque Nacional da Serra da Bodoquena (MS). Foto: Fernando Lara |
A expedição Rotas Verdes Brasil é um projeto de experimentação e a coisa mais importante deste trabalho agora está na cabeça dos executores. A experiência que nossa equipe vai digerir será regurgitada em novidades. O alvo são as crianças e os adolescentes. Em relação aos adultos, vamos puxar as orelhas de uns e ampliar as parcerias com outros, difundindo os resultados com palestras, mostras fotográficas e vídeos.
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Graxaim, um canídeo típica da região sul. Este é do Parque Nacional de Aparados da Serra, na divisa entre o Rio Grande do Sul e Santa Catarina. Foto: Fernando Lara |
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Registro de um grande momento da expedição. Fernando Lara fica a menos de 4 metros da onça-pintada no meio da Floresta Amazônica. Foto: Fernando Lara |
Em 2012, vamos voltar com a Rotas Verdes Brasil 2. Melhorar ainda mais o formato e ampliar a projeção. O planejamento é aumentar o número de áreas visitadas. Tudo para trazer mais informações e respostas para aqueles que querem mais equilíbrio para as novas gerações.
Por Fernando Lara
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