Campanha: 2011 sem queimadas

No seu post de número 100, a Fauna e Flora Documentários vem tratar de um tema que infelizmente atinge inúmeras unidades de conservação em todo o país: as queimadas. Os prejuízos ambientais são inúmeros e as conseqüências desastrosas. 

De acordo com o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), desde o mês passado, pelo menos 19 unidades de conservação foram atingidas por queimadas. Em um dos casos, como o da Floresta Nacional de Brasília (DF) uma queimada este final de semana já chega a destruir mais de 85% da área total da unidade de conservação. Em uma região seca como o Distrito Federal, as conseqüências são drásticas, uma vez que lá é que ficam parte das nascentes dos rios que abastecem a capital do Brasil.

Com as queimadas a biodiversidade está em perigo. Destrói-se a casa dos animais que quando não morrem, perdem seu habitat natural. O solo perde boa parte dos seus nutrientes e a sua proteção, o que favorece o processo erosivo; matas ciliares ficam em risco; há grande quantidade de gás carbônico emitido na atmosfera agravando o efeito estufa e as ilhas de calor; além do risco de interrupção da rede elétrica e destruição de casas. A natureza pode demorar anos ou décadas para reverter os prejuízos. 

Com o período da estiagem, a maior parte das vegetações se torna seca e inflamável. Qualquer faísca pode gerar um grande desastre ambiental. Além das pontas de cigarro, lixo como vidro e plástico que em determinada deposição em relação ao sol podem servirem de lente e juntamente com a folhagem seca produzir fogo. As fogueiras mal apagadas e as queimadas usadas para a renovação do solo também grandes vilões. No entanto, as queimadas criminosas com o intuito de prejudicar a criação de unidades de conservação são os grandes vilões na luta contra os incêndios florestais.

Durante a passagem da Rotas Verdes Brasil no Parque Nacional Aparados da Serra (RS), Fernando Lara acompanhou um chamado de emergência da Brigada de Combate a Incêndio vinda de uma das torres de vigilância da unidade de conservação. Por sorte, as chamas estavam em uma propriedade particular no entorno do parque e o fogo estava controlado. Mas em uma região de campos naturais como ocorre na Serra Gaúcha, uma chama pode ser um desastre. Vale lembrar que no Rio Grande do Sul o uso de fogo para renovação da pastagem está proibido em todo o estado.

Além disso, provocar queimadas podem gerar penas como prisão de três meses a um ano de prisão e multa de até 100 vezes o salário mínimo.

É necessário não só combater, mas prevenir incêndios. Acondicione o lixo em locais adequados. Faça fogueiras em locais apropriados e somente quando autorizado. Em casos de queimadas controladas peça autorização aos órgãos competentes de sua cidade. Em caso de incêndio, chame o Corpo de Bombeiros e denuncie as autoridades competentes da sua cidade.

Lembre-se: O FOGO É IMPREVISÍVEL. MAS TODO MUNDO SABE O QUE ACONTECE NO FIM

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Uma campanha Fauna e Flora Documentários.

Por Edlayne de Paula