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domingo, 2 de outubro de 2011

Fernando Lara finaliza trabalhos na Floresta Amazônica

Fernando Lara flagra o sobrevôo de um casal de araras canindé na Reserva Biológica do Uatumã, a última unidade de conservação da Amazônia na Rotas Verdes Brasil
A Rotas Verdes Brasil termina oficialmente hoje (2) os trabalhos no bioma de maior biodiversidade do mundo: a Amazônia.  Foram 42 dias de trabalho que começaram na Floresta Nacional do Jamari em Rondônia, passaram pelos perigosos trechosinóspitos da BR 319, atravessaram as cavernas da APA Maroaga em Presidente Figueiredo (AM), encontraram a onça-pintada e terminam com chave de ouro em uma das maiores áreas de preservação do Brasil, a Reserva Biológica (Rebio) Uatumã, com quase 1 milhão de hectares de unidade de conservação.

A Amazônia representa quase a metade do território brasileiro e abriga animais como este bicho preguiça. Foto: Fernando Lara
Os registros são inúmeros e representam um pouco da Amazônia que ocupa quase metade do território do território brasileiro. Fernando Lara, que já passou pela floresta em outras expedições pelo Brasil, Bolívia e Colômbia, registrou mais uma vez a fauna e a flora mais rica, em termos de biodiversidade, do mundo.
Fernando Lara já esteve na Floresta Amazônica em outras expedições pelo Brasil, além da Bolívia e Colômbia. Neste registro, a imagem da garça-mora por Fernando Lara
Apesar das áreas de difícil acesso, horas e horas de deslocamento de barco e pernoites em locais de grande isolamento, Fernando Lara não perdeu tempo e fez grandes registros nesta parte da expedição. As histórias e as experiências são muitas. Nos últimos dias os relatos foram contadas para a equipe na base da Fauna e Flora Documentários, no Vale do Aço (MG), por meio de contatos por telefone e internet satelital da base da Rebio Uatumã (AM).
Uma dessas histórias é da cutia que Fernando Lara encontrou em um momento de sobrevivência do animal. Trafegando de barco pelo Lago Balbina, o documentarista de natureza encontrou o animal se afogando e se debatendo na água na tentativa de se salvar. Mas Fernando Lara estava lá para resgatá-la e levá-la até a margem sã e salva. 

A cutia que Fernando Lara salvou no Lago Balbina na Rebio do Uatumã. Foto: Fernando Lara
Para quem não sabe, a cutia é um mamífero roedor que possui uma grande tarefa na disseminação de sementes e conseqüente renovação da floresta. Ela tem o hábito de enterrar alimentos e comê-los em épocas de escassez. Dessa forma ela tem alimento o ano todo e acaba plantando sementes que disseminam renovando naturalmente o ciclo da floresta.

Gavião Preto - Foto Fernando Lara
O flagrante do vôo de um mergulhão. Foto: Fernando Lara
Fernando Lara também passou momentos de tensão no Lago Balbina. Depois de um dia longo de trabalho, uma chuva torrencial caiu enquanto o documentarista de natureza fazia o trajeto em direção a base da Rebio Uatumã. Ondas de 1,5m se formaram e balançaram bruscamente o barco. O risco de a embarcação virar era eminente e naquele momento parecia apenas uma questão de tempo. Mas graças a habilidade do condutor do barco, tudo não passou de um grande susto.

Cemitério de árvores de Balbina. O apodrecimento das árvores gera grande quantidade de metado, um gás com grande capacidade de absorção de calor e que colabora para o aquecimento global. Foto: Fernando Lara
O Lago Balbina é na verdade um grande ‘cemitério de árvores’. Trata-se de uma grande represa que alimenta as turbinas da Usina Balbina e que alagou centenas de quilômetros de Floresta Amazônia e deslocou até mesmo uma área indígena da tribo Atroari.

Contraste de cores nesta imagem do anu preto nos galhos de uma árvore morta. Foto: Fernando Lara
Há grandes críticas a hidrelétrica que, segundo especialistas, não produz a quantidade de energia que justificaria o impacto que sua construção provocou na natureza. A área da represa foi inundada sem o corte das árvores. Debaixo d´água, a vegetação apodrece gerando grande quantidade de gás metano, um dos componentes responsáveis pelo aquecimento global. Estudos comprovam, por características moleculares, que o metano é 25 vezes pior que o dióxido de carbono por absorver mais calor. A Rebio do Uatumã foi criada e é mantida como medida de mitigação para a criação da Balbina.

Fernando Lara registrou durante 42 dias dias o bioma de maior biodiversidade do mundo: a Floresta Amazônia
Travessia Manaus-Belém
Fernando Lara segue a partir desta semana para a outra metade do Brasil: o Nordeste Brasileiro. A passagem será de barco pelo Rio Amazonas, de Manaus (AM) até Belém (PA), em um percurso de 1.300 quilômetros previsto para ser realizado em três dias. O próximo destino serão as dunas do Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses (MA). 

Depois da Floresta Amazônica, a Rotas Verdes Brasil segue para o Nordeste, mais precisamente para as belezas das dunas dos Lençóis Maranhenses. Foto: Fernando Lara

A Fauna e Flora Documentários agradece o apóio do Estado do Amazonas por meio do Centro Estadual de Unidadesde Conservação (CEUC) e da Pousada das Pedras (Av. Acariquara s/n, B. Morada do Sol – Presidente Figueiredo (AM) – Fone: (92) 3324-1296) durante os trabalhos da Rotas Verdes Brasil no estado. Também agradecemos o apóio do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) durante toda a expedição.

Siga esta estrada junto com a gente!

Por Edlayne de Paula

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