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quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Tempestade arrasa Humaitá e atrasa passagem pela BR 319

Cobertura do estádio caiu e destruído um carro estacionado. Foto: Fernando Lara
ATUALIZADO ÀS 21h51

Fernando Lara foi surpreendido agora pouco por uma tempestade em Humaitá (AM) que destruiu a cidade que fica próxima a divisa com Rondônia e possui cerca de 45 mil habitantes. Segundo a previsão do tempo do site Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) rajadas de vento com 'força destrutiva' podem ter chegado a uma velocidade de 90km/h. De acordo com o documentarista de natureza, parte da cobertura do estádio Arlindo Bras da Silva veio abaixo e destruiu alguns carros que estavam estacionados no local.
Segundo previsão do tempo no site do INPE, ventos podem ter chegado a 90km/h. Foto: Fernando Lara
Fernando Lara estava preparando mantimentos e combustível para reserva, que serão usados durante sua passagem pela BR 319, quando a tempestade começou. Ele afirma que a chuva durou cerca de 40 minutos. Viaturas da polícia e outros órgãos de emergência também estão por toda a cidade, além de retro-escavadeiras que ajudam na retirada de lama.
Depois da tempestade cidade ficou sem energia elétrica e sem telefone. Foto: Fernando Lara
O sistema de fornecimento de energia elétrica sofreu uma pane e não há previsão do retorno da luz. O sistema de telefonia também foi prejudicado e apenas uma operadora de celular funciona, mesmo assim, em apenas alguns pontos. Por toda cidade há casas destelhadas e árvores arrancadas pelo temporal. Não informações de vítimas ou feridos.
Muitas árvores caíram por causa do temporal. Foto: Fernando Lara
Por causa da chuva, há possibilidade de atraso no trajeto pela BR 319 que fica com intransitável em período.

Policiais e equipes de emergência transitando pela cidade. Foto: Fernando Lara

Tempestade pode atrasar trajeto de Fernando Lara pela BR 319 que fica intransitável em épocas de chuva. Foto: Fernando Lara

BR 319 – O maior desafio da Rotas Verdes Brasil

Balsa pelo Rio Madeira, em Porto Velho (RO), um dos pontos iniciais da BR 319. Foto: Divulgação
Quem planeja transitar por uma rodovia federal, logo imagina que trata-se de uma BR asfaltada, sinalizada , com postos de atendimentos e cidades ao longo do trecho e postos de gasolina em vários pontos do percurso. Isso é tudo que não tem na BR 319 que passa dentro da Floresta Amazônica e liga as capitais Rondônia (RO) e Manaus (AM). 

O documentarista da Fauna e Flora Documentários, Fernando Lara, irá fazer este percurso de 860 km sozinho, por estrada de terra em péssimas condições, pontes ruins, longos trechos inóspitos sem a presença de um único ser humano e sem nenhum tipo de socorro. 

Fernando Lara irá contar apenas com a coragem que tem, porque nem mesmo os rondonienses e amazonenses passam pela rodovia. Não há carros e nem mesmo linhas de ônibus que transitam por lá. Os pontos com algum morador são pouquíssimos. As pessoas já não se arriscam a morar as margens da rodovia por causa das dificuldades de deslocamento o que impede o atendimento médico, a ida a escola ou mesmo a compra de mantimentos.

Arara Vermelha. Durante boa parte da BR 319, a única companhia de Fernando Lara serão os animais da Floresta Amazônica. Foto: Fernando Lara
A BR 319 é o percurso mais difícil da Rotas Verdes Brasil e que têm trazido uma grande expectativa para a equipe da Fauna e Flora Documentários.  Fernando Lara já iniciou a primeira parte do percurso ontem (30) depois de finalizar os trabalhos na Floresta Nacional do Jamari. A rodovia começa em Porto Velho, passando de balsa pelo Rio Madeira - o principal afluente do Rio Amazonas - e seguindo 200km até Humaitá já no estado do Amazonas, o maior município da BR 319, com cerca de 45 mil habitantes. 

A Honda Bros passa por nova revisão, com troca de pneu e óleo, como medida preventiva antes de entrar novamente pela rodovia.  Nesta quinta-feira (1), Fernando Lara ainda irá percorrer 23km pela Transamazônica antes de entrar novamente pela BR 319. A parada também é estratégica para reserva de combustível, de alimentos e concentração como preparo psicológico. Neste percurso todas as precauções são necessárias já que em uma rodovia como esta tudo pode acontecer. 

Quer saber por quê a BR 319 é uma das piores rodovias para se transitar no Brasil? Aguarde, isso é assunto para o próximo post. 


Por Edlayne de Paula

segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Mais uma vez na Vitrine

Pequeno indio Kadwéu, descedente de uma tribo que lutou na Guerra do Paraguai e hoje está em Bodoquena (MS), é uma das imagens da Vitrine deste mês. Foto: Fernando Lara
Pela quarta vez, a revista Vitrine Minas traz mais uma matéria sobre as experiências e imagens de Fernando Lara durante a Rotas Verdes Brasil. A edição de número 24 é comemorativa aos dois anos da revista que é uma das parceiras da Fauna e Flora Documentários neste caminho de 18.000km pelo país. Segundo o diretor da Vitrine, Ruisley Chaves, a revista está expandindo sua distribuição e irá circular também em Belo Horizonte (MG) a partir da próxima edição. 

A equipe da Fauna e Flora Documentários parabeniza toda a equipe da Revista Vitrine Minas pelo ótimo trabalho e pela qualidade das matérias publicadas, que incluem assuntos de culinária, turismo, tecnologia, meio ambiente, por meio de jornalistas espalhados no Brasil e no mundo, contemplando e atraindo cada vez mais leitores. Parabéns!

Para conhecer a Vitrine clique aqui.

sábado, 27 de agosto de 2011

EXCLUSIVO: Desvendando os segredos de um caçador


Com raras exceções a caça é permitida no Brasil. Com a habilidade de fazer grandes descobertas que envolvem o meio ambiente, o documentarista de natureza da Fauna e Flora Documentários, Fernando Lara, registrou essa exceção a regra durante os trabalhos realizados na 14ª unidade de conservação da Rotas Verdes Brasil, a Floresta Nacional do Jamari, em Itapuã do Oeste (RO), há cerca de 100 quilômetros de Porto Velho.

Neste vídeo, a Rotas Verdes Brasil traz um relato incrível de como agem os caçadores do Brasil. O depoimento é de Juvenal dos Santos Faria, 37 anos, que mora com a mãe e um irmão em uma área demarcada de 1.800 hectares, na Flona do Jamari. O caçador faz parte de uma família que há mais de 50 anos vive da caça e de produtos retirados da Floresta Amazônica.

Juvenal mostra uma das técnicas que há gerações é usada para abate de animais selvagens no Brasil. Trata-se do jirau (ou puleiro de caça), uma base feita de galhos de árvores, suspensa, que facilita a visão do caçador. O artefato está próximo de um barreiro, um monte de lamas que surge naturalmente em florestas. Em época de calor e seca, os animais vão até esses barreiros para se refrescar. 

Juvenal mostra como é feito o abate de animais em cima de um puleiro. Foto: Fernando Lara
O caçador mostra como age. No barreiro, ele coloca sal iodado para atrair os bichos que comem o sal criando um ponto de ceva. Enquanto os animais se alimentam, Juvenal usa o jirau como ponto estratégico para atirar. Ele usa o artefato também como proteção. “Esse jirau é também por causa da onça. As vezes ela pega a gente por trás, porque a ‘bicha’ pisa macio. As vezes de cima ela (onça) vê a gente também. Só que quando ela não vem ferir a gente, aí gente não mexe com ela’, relata.

Leis                                                                                                                            
Em termos gerais, a caça de animais silvestres é proibida no Brasil. De acordo com a Lei 9.605/1998 que rege sanções, condutas e atividades lesivas ao meio ambiente, a pena pode ser de seis meses a um ano de prisão, mais multa, e pode ser agravada caso o réu seja reincidente, um caçador profissional, o crime seja realizado em uma unidade de conservação, a caça seja vendida, ou ainda, praticada com animais ameaçados de extinção.

No caso específico de Juvenal, a caça é autorizada pelo Governo Federal. O documento que autoriza o uso da sua área para a prática tem como testemunha o ex ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc. A justificativa é a subsistência da família que usa os recursos naturais da floresta, e sobrevivem ainda da extração do óleo de copaíba, além da colheita do açaí e da castanha. Com o uso de técnicas de conservação da carne, como a desidratação usando sal, uma paca pode durar uma semana e uma anta de 200 quilos pode alimentar a família por até três meses. 

Casa onde mora a família de Juvenal que há mais de 50 anos vive na região onde hoje é a Flora do Jamari. Foto: Fernando Lara
 A família de Juvenal está desde a década de 50 na área, antes mesmo da criação da Flona do Jamari. O avô dele, um seringueiro foi para a região para trabalhar como ‘soldado da borracha’, um contingente de ‘militares da selva’ que trabalhavam para o governo para abastecer o mercado da borracha durante a 2ª Guerra Mundial, com a promessa de que seriam indenizados assim que o conflito acabasse. Após a decadência deste segundo ciclo da borracha, muitos seringueiros foi embora, mas o avô de Juvenal permaneceu no local.

A produção e veiculação deste vídeo foi autorizada por Juvenal com a justificativa de que Fernando Lara usaria as imagens para mostrar como ocorre a caça em puleiros, ilegal no país. Todo cidadão tem o dever de denunciar crimes ambientais aos órgãos de proteção e fiscalização como a Polícia de Meio Ambiente, Ibama e ICMBio.

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Fernando Lara completa primeira metade da expedição

O macaco-de-cheiro foi um dos animais registrados por Fernando Lara durante a passagem da Rotas Verdes Brasil pela Flona do Jamari
Em meio a maior biodiversidade do mundo, a Floresta Amazônica, o documentarista de natureza da Fauna e FloraDocumentários, Fernando Lara, e sua Honda Bros completam hoje (23) a primeira parte da Expedição Rotas Verdes Brasil. São 116 dias de trabalho, sem descanso, por matas, selvas,alagados, rios, estradas de terra e asfalto registrando unidades de conservação pelo Brasil.

Ainda faltam outros 116 dias. Até dezembro, nosso documentarista de natureza irá registrar todos os biomas brasileiros que irão compor um livro digital que irá divulgar e proporcionar aos brasileiros, a experiência de ver animais, plantas, paisagens, pessoas de todos os cantos do país no conforto de sua casa. Mas o nosso objetivo é ainda maior, queremos motivar a todos que nos acompanham a descobrir o Brasil de perto e sair de mochila em direção as unidades de conservação em uma aventura ecoturística, seja ela perto ou longe de casa.

Cateto ou Caititu também foram registrados por Fernando Lara na Flona do Jamari
Fernando Lara está em sua 14ª unidade de conservação e já percorreu cerca de 10.000km pelo país. O documentarista de natureza se encontra hoje na Floresta Nacional do Jamari (RO), em Itapuã do Oeste, município que fica há cerca de 100 km de Porto Velho, capital do estado, e já registrou animais como o macaco-de-cheiro e o cateto.

A equipe da Fauna e Flora Documentários está com uma grande expectativa. Daqui a alguns dias, nosso documentarista de natureza irá realizar uma das travessias mais perigosas do país: a BR 319. Serão quase 1.000km de pouca infraestrutura, com estradas abandonada e em péssimo estado, inóspita e sem postos de gasolina, entre Porto Velho e Manaus. Não passam caminhões e nem mesmo ônibus. A maior parte dos veículos faz a travessia de balsa.

E você, vai estar nesta estrada junto com a gente. Não deixe de acompanhar.


Por Edlayne de Paula

terça-feira, 23 de agosto de 2011

Concessionárias Honda abraçam Rotas Verdes Brasil

A Honda Mavimoto é a grande parceria na expedição  Rotas Verdes Brasil. Foto: Divulgação
A concessionária Honda Mavimoto Vale do Aço é a grande parceira da Fauna e Flora Documentários, na realização da expedição Rotas Verdes Brasil. A empresa é responsável por selecionar a Honda NXR 150 Bros para o percurso de 18.000km de Fernando Lara pelo país, o modelo ideal para esta expedição. Além de ser a primeira motocicleta na categoria ON/OFF road bicombustível do mundo, o veículo também é capaz de percorrer diversos tipos de terrenos proporcionando segurança e agilidade para o nosso documentarista de natureza.
Equipe de mecânica da Mavimoto, responsável pelas adaptações na Honda Bros para a expedição
Durante estes 115 dias de expedição, outras concessionárias Honda também têm abraçado a expedição Rotas Verdes Brasil. A Mavimoto é responsável pelo custeio de toda a manutenção da motocicleta, mas autorizadas Honda pelo país têm oferecido a Fauna e Flora Documentários a isenção de parte ou do total dos serviços prestados no que diz respeito a manutenção da motocicleta.

Planetarium e Cometa em Mato Grosso já possuem o selo Green Dealers da Honda. Fotos: Fernando Lara

O conceito de responsabilidade socioambiental já faz parte dos trabalhos destas concessionárias. Assim como a Mavimoto no Vale do Aço, outras autorizadas como a Sambaqui em Matinhos (PR); Planetarium em Cuiabá (MT) e a Cometa Motocenter em Pontes e Lacerda (MT) possuem o selo de concessionária ecológica (Green Dealers). Trata-se de uma certificação concedida pela Honda que comprovam a destinação adequada de 100% dos metais, plásticos, borrachas, papéis, tecidos, líquidos ácidos, combustíveis, solventes, óleos lubrificantes e baterias usadas.
Sambaqui em Matinhos (PR) também possui selo verde da Honda

Na concessionária Via Porto, em Porto Alegre (RS), por exemplo, a autorizada Honda incentiva a prática de atividades de ecoturismo com o projeto ‘Moto Turismo Via Porto Honda’, que possui saídas programadas todos os meses, para trilhas e paisagens, envolvendo os apaixonados por motociclismo, turismo e natureza. Durante a Rotas Verdes Brasil também contamos com o apóio das Concessionárias Balluarte em Santana do Livramento (RS) e da Bicudo Motos em Iguape (SP).

Via Porto em Porto Alegre (RS) possui um projeto para os apaixonados por Natureza, turismo e motociclismo
Dentro do conceito “Pilote com Segurança”, da nossa parceria Honda Mavimoto, a Fauna e Flora Documentários tem adotado duas premissas importantes. A primeira é seguir as dicas do curso do Centro Educacional de Trânsito da Mavimoto, que gratuitamente, orienta os motociclistas a evitar acidentes de percurso. Nos últimos três anos são mais de 5 mil motociclistas com formação de uma pilotagem com segurança. O curso pode ser feito por qualquer motociclista. Clique aqui para saber mais.

Bicudo Motos em Iguape (SP) e Balluarte em Santana do Livramento (RS) também apoiam a Rotas Verdes Brasil
A outra é a manutenção da motocicleta, como troca de óleo a cada mil quilômetros, revisões programadas nos freios, pneus e outros itens na Honda Bros. Sem se esquecer dos acessórios de segurança como capacete, luva e jaqueta. Todas estas dicas parecem simples, mas trazem um grande prêmio para a nossa equipe que é a conservação da vida do nosso protagonista Fernando Lara. Um percurso sem acidentes se faz com pilotagem com segurança.

Veja novamente o vídeo com Fernando Lara e sua Honda Bros em diversos terrenos durante a Rotas Verdes Brasil.



Por Edlayne de Paula

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Rotas Verdes Brasil chega na Floresta Nacional do Jamari (RO)

Fernando Lara percorreu 620km cruzando todo o estado de Rondônia. Foi o maior trajeto em sua Honda Bros feita em um único dia
O documentarista de natureza da Fauna e Flora Documentários, Fernando Lara, já está documentando a maior biodiversidade do mundo: a Floresta Amazônia. Ele e sua Honda Bros chegaram ontem a Itapuã do Oeste (RO), mais precisamente no alojamento da Floresta Nacional do Jamari sob a gestão do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).

O percurso entre Vilhena (RO) e Itapuã do Oeste (RO) foi bem puxado. Foram 620km de estrada, passando pela BR364, cruzando todo o estado. Foi a maior quilometragem feita por Fernando Lara e sua Honda Bros em um único dia, dentro da expedição Rotas Verdes Brasil. Cerca de 9 horas e meia de estrada on e off road.

Os trabalhos tiveram início hoje dentro da unidade de conservação. O documentarista de natureza irá registrar a Floresta Nacional do Jamari sob a pespectiva de um projeto que realiza concessão para exploração legal de madeira por meio de um manejo que mantém a floresta de pé.

Todo o processo é feito obedecendo a Lei Federal 11.284/06 que trata da gestão de florestas públicas. Há três empresas trabalhando na Floresta Nacional do Jamari. A escolha, feita por meio de um processo de licitação, obedeceu a critérios que incluíram a redução de danos a florestas e benefícios para a população local como o processamento local da madeira e a geração de empregos na região. Os moradores do entorno também são beneficiados tendo garantido o acesso a área de concessão para a coleta de produtos não madeireiros, considerada essenciais para a subsistência dos mesmos, além da coleta de sementes para a produção de biojóias. 

Fernando Lara está sem contato por celular. A equipe da Fauna e Flora Documentários aguarda um telefone do documentarista de natureza hoje para nos informar como foi o seu primeiro dia, na expedição Rotas Verdes Brasil, na Floresta Amazônica.

Aguardem! Esta estrada ainda tem muito para nos mostrar.

Por Edlayne de Paula

domingo, 21 de agosto de 2011

Finalmente em Rondônia

Fernando Lara avistou uma harpia no caminho até Vilhena e não perdeu a oportunidade de registrar essa ave de rapina.

O documentarista de natureza da Fauna e Flora Documentários, Fernando Lara, e sua Honda Bros já estão em Rondônia. Depois de alguns dias fazendo manutenção na motocicleta na concessionária Honda Cometa em Pontes e Lacerda (MT), o destino agora é seguir até Itapoã do Oeste para registrar as belezas naturais da Floresta Nacional do Jamari em plena Floresta Amazônica.

Serão quase 600km entre Vilhena, onde Fernando Lara pernoitou neste sábado(20), e a unidade de conservação seguindo pela BR 364. Segundo informações de sites oficiais e de planejamento de rotas, a rodovia está em bom estado, havendo apenas um trecho entre os municípios de Ji-Paraná e Presidente Médici em condições ruins, o que vai exigir um pouco mais de atenção de Fernando Lara.

Em Itapoã do Oeste, servidores do Instituto Chico Mendes dePreservação da Biodiversidade (ICMBio),  do Serviços Florestal Brasileiro e de uma das concessionárias que fazem a exploração de madeira na unidade de conservação, já aguardam Fernando Lara para início dos trabalhos.

A expectativa é boa. Fernando Lara está ansioso para conhecer a experiência brasileira de sustentabilidade de corte de madeira que mantém a floresta em pé e com toda a sua biodiversidade de fauna e flora. Vamos aguardar para saber os resultados deste projeto implantado em uma floresta nacional.

Harpia
A Harpia é conhecida pela caça principalmente por pegar animais grandes como macacos e coelhos

No percurso entre Pontes e Lacerda (MT) e Vilhena (RO) uma surpresa agradável. Fernando Lara avistou uma harpia (ou gavião real) e imediatamente parou sua Honda Bros para fazer fotos dessa ave de rapina que é uma das maiores do mundo, chegando a ter 2,5m de envergadura.  É um animal muito conhecido pela caça. Por causa de suas garras muito compridas pode pegar animais silvestres como macacos, preguiças e porco-espinho.

Amanhã teremos mais novidades. Continue nesta estrada junto com a gente.

Por Edlayne de Paula

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

O Brasil da 'Rotas Verdes'

O Brasil e seus contrastes. Uruguaio em uma estância no Rio Grande do Sul.

Em uma grande expedição solitária como a Rotas Verdes Brasil, as pessoas são fantasmas que apóiam, informam e opinam. Desaparecem com um adeus. Mas tenho a certeza de quando elas voltam para o cotidiano de suas vidas já estão marcadas para sempre pelo exercício dessa nova história. 

As rotas não são somente verdes. Cores fortes e poeira são tudo que mais vejo nessas terras de contrastes exagerados. Muito frio e calor. Vida e morte por todos lados. 

Um revólver amostra na cinta de um velho pantaneiro me trouxe a clareza que precisava para entender que, naquele momento, eu acabara de cruzar uma linha do tempo. No passado, todos daquele lugar estavam correndo em busca de um presente melhor.

Caçadores, empresários, fazendeiros, crianças e adultos. Todos que encontrei, sem exceção, estão conscientes e sabem que as nossas riquezas naturais estão findando. Todos estão vendo acontecer, mais poucas pessoas do norte podem ouvir os pedidos de socorro de uma família de graxains envenenada no sul do nosso país.

"No passado, todos daquele lugar estavam correndo em busca de um presente mehor". Imagem de uma índia kadwéu em Bodoquena (MS)
Hoje não existe muito bicho de uma mesma espécie em nenhum lugar. Falar isso é uma ilusão comum e bem difundida. Os bichos são sempre pouco se pensarmos no tamanho de nossas terras, mesmo que sejam vistos com frequência no quintal de sua casa.

Quando o dia fica velho e a noite chega deveríamos realmente agradecer por não morarmos mais nas florestas, pois as onças pintadas estão muito bravas com a gente.  Com os resultados da Rotas Verdes Brasil vamos acalmar esses bichinhos mesmo que tenhamos que enfrentar alguns monstros.

Por Fernando Lara  
 

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Rotas Verdes Brasil na Revista CONTEXTO

Graxaim no Parna Aparados da Serra (RS) é uma das imagens da Contexto deste mês
A 5ª Edição da Revista Contexto já se encontra nas bancas do Vale do Aço com uma matéria especial da Rotas Verdes Brasil. Com fotos inéditas da expedição e um texto emotivo, Fernando Lara descreve a rotina de trabalho e as observações sobre os fatos e pessoas que têm encontrado em parte do seu projeto de 18.000km pelo Brasil. O documentarista de natureza ainda indaga sobre a nossa omissão diária no que diz respeito a preservação do meio ambiente.

A Contexto é parceria da Expedição Rotas Verdes Brasil e pode ser adquirida em qualquer banca do Vale do Aço com um investimento de apenas R$ 5,00 ou ainda pelo e-mail atendimento@revistacontexto.com
 

domingo, 14 de agosto de 2011

A caminho da Amazônia

Fernando Lara segue em direção a Florestal Nacional do Jamari em Rondônia

Fernando Lara e sua Honda Bros bicombustível já estão na estrada a caminho da maior floresta do mundo, a Amazônia. Depois de 12 dias no Pantanal, o documentarista da Fauna e Flora Documentários começou ontem (13) um percurso de 1.300km em direção a Floresta Nacional do Jamari, em Itapuã do Oeste (RO), município que fica há 110km da capital Porto Velho. 

Será a primeira unidade de conservação da Floresta Amazônica a ser registrada por Fernando Lara dentro do projeto Rotas Verdes Brasil. Trata-se do bioma que cobre cerca de 50% do território brasileiro e a maior biodiversidade do mundo, segundo informações do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio). Estima-se que 20% de toda água doce do planeta esteja lá.

Fernando Lara irá documentar esta semana uma experiência de exploração sustentável de madeireiras na Floresta Nacional do Jamari que possui 222 mil hectares, das quais 43% estão sob concessão de três empresas que fazem o corte de árvores em um sistema de rodízio.

O sistema funciona da seguinte maneira. A área de concessão da Flona do Jamari está dividida em 30 lotes. A cada ano um destes lotes são explorados com o corte de madeiras. A cada hectare (1hec = 10.000 m2) cinco árvores podem ser retiradas, mantendo desta forma parte da floresta em pé e a preservando a fauna consequentemente.  Quando o 30º lote é explorado, volta-se ao primeiro em um intervalo de 30 anos. Os trabalhos de fiscalização dessa área são realizados pelo governo federal por meio do Serviço Florestal Brasileiro, Ibama e ICMBio.

Fernando Lara já registrou outra experiência como esta em 2008, na Amazônia Boliviana, em uma área chamada de La Chonta, por meio do Instituto Boliviano de Investigação Florestal (Instituto Boliviano de Investigacion Forestal – IBIF). O documentarista de natureza fez um dos trabalhos mais marcantes de sua vida quando permaneceu por quase 40 dias acampado na selva sem nenhum contato com outro ser humano. Na ocasião, Fernando Lara registrou um dos lotes da área de concessão que estava terminando o seu intervalo de 30 anos. 

Estrada
A previsão é que Fernando Lara termine seu trajeto amanhã a caminho da Floresta Nacional do Jamari. Mais uma vez vamos torcer para que tudo dê certo nesta estrada rumo a maior floresta tropical do mundo.

Por Edlayne de Paula

DIÁRIO DO AÇO: Rotas Verdes Brasil deixa o Pantanal

O jornal parceiro da Rotas Verdes Brasil, Diário do Aço, divulgou hoje mais uma matéria sobre a expedição de 18.000km pelo Brasil. A edição traz o encontro do documentarista com a onça pintada e os trabalhos no pantanal. Vale a pena conferir a matéria clicando aqui.

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Bem perto da onça pintada

O registro de uma pegada de onça pintada no Sesc Pantanal - Foto: Fernando Lara
A imagem que você vê acima é muito forte. Trata-se de uma marca ainda fresca de uma das patas de uma onça pintada. O barro ainda molhado mostra que a passagem é recente. A profundidade na terra ilustra o seu peso e a comparação com uma mão humana nos diz que não se trata de um felino qualquer.

Há mais de uma semana, o documentarista de natureza da Fauna e Flora Documentários, Fernando Lara, busca uma imagem da onça pintada no Sesc Pantanal. O ambiente é extremamente propício, pois trata-se de uma área preservada de mais de 100 mil hectares.
Mas este felino não é tão fácil assim de ser encontrado. Fernando Lara tem passado dias sem dormir, pois as buscas são feitas a noite e terminam quase sempre de madrugada. Por rios e matas, Fernando Lara e uma equipe de mateiros do Sesc Pantanal usam esturradores, uma espécie de cuíca que imita o som da onça pintada,  na tentativa de encontrá-la.

Durante o dia, Fernando Lara aproveita para registrar os animais com hábitos diurnos como este tatu. Foto: Fernando Lara
Por três vezes, nosso documentarista esteve bem perto. Para ele foi possível ouvir os sons, passos e em alguns momentos até a sua respiração. Mas a onça pintada não ‘deu as caras’ deixando seu cheiro pela mata. 

Hoje (10) é o último dia de Fernando Lara no Sesc Pantanal, mas a procura pela onça pintada na Rotas Verdes Brasil continua. O caminho agora é desbravar a Floresta Amazônica, uma das etapas mais importantes da expedição.

Casal de araras azuis, espécie ameaçada de extinção. Foto: Fernando Lara
Fernando Lara segue em direção a Itapuã do Oeste (RO), há cerca de 100 km da capital Porto Velho. O destino é a Floresta Nacional do Jamari que possui uma experiência importante de sustentabilidade que é a exploração de madeira por empresas por meio de um sistema de manejo. Mas sobre isso, vamos falar no próximo post. Aguardem!

Por Edlayne de Paula